Voltar a dançar!

Opa!
Terça-feira começam as minhas aulas de dança... Toda vez que assisto aos vídeos de Kate Jablonski tenho vontade de voltar a dançar, vamos ver como me saio nessa empreitada. Quem sabe eu não poste alguns videos meus aqui. =P

Ser ou não ser?

Da série ser ou não ser do Fantástico, um texto interessante sobre Hume...

Hume queria retornar à forma original pela qual o homem conhece o mundo. Ele queria retornar ao modo como a criança experimenta o mundo.

Para ele, o homem possui impressões, de um lado, e idéias, de outro.

Por impressão ele entende as sensações, as paixões, as emoções quando aparecem pela primeira vez em nossa mente, vindas do mundo exterior. Por idéia ele entende a lembrança de tal impressão.

Se você sente alguma dor, por exemplo, quando queima a mão no fogo, o que você experimenta é uma impressão imediata. Depois de um tempo você se lembra de que se queimou e esta lembrança ele a chama de idéia, noção.

A impressão é mais forte e mais viva do que a lembrança que se tem dela mais tarde. Podemos chamar a impressão de original e a idéia ou a lembrança que se tem dela, de uma cópia pálida e enfraquecida do original.

Para ele, quanto mais próximas das sensações nossas idéias tiverem, mais nítidas e fortes elas serão. E quanto mais abstratas elas forem, mais pálidas e sem força.

Conhecer é perceber, sentir e relacionar estas sensações em idéias. Se as idéias que temos não nasceram de nenhuma experiência, então são fracas e sem importância.

Por isso, devemos evitar generalizações como ¿tudo¿, ¿nunca¿, ¿sempre¿. Estas afirmações não poderiam corresponder à realidade que é sempre particular, individual.

É o caso da noção de eu, ou de um núcleo de personalidade, que foi exatamente a noção que serviu de base para a filosofia de Descartes. Nossa noção de eu compõem-se na verdade de uma longa cadeia de impressões isoladas, um feixe de sensações, que nunca conseguimos vivenciar simultaneamente.

O que chamamos de eu é sempre uma experiência particular, nunca conseguimos nos relacionar com sua totalidade, com sua unidade, porque ela não existe. Nosso eu é produto de nossa imaginação que junta impressões isoladas como se fosse uma unidade. Nosso eu é uma generalização.

Às vezes formamos noções para as quais não há correspondeste na realidade material, é desta forma que surgem noções falsas sobre coisas que não existem na natureza. Por exemplo, o anjo: juntamos a impressão de um par de asas que percebemos nos pássaros, com o que conhecemos de um ser humano. Foi nossa mente que construiu essas coisas, através da imaginação. E a maioria de nossas idéias abstratas são como anjos.

Hume só aceitava como verdade aquilo que podia experimentar pelos sentidos. Ele diria que você já experimentou muitas vezes que uma pedra cai do chão quando a soltamos, só que você não experimentou o fato de que ela irá sempre cair. Em geral dizemos que a pedra cai por força da gravidade. Só que nós nunca experimentamos esta lei, tudo que experimentamos é que as coisas caem. Você acredita que sempre vai cair porque já viu isso muitas vezes, é o hábito que faz com que você pense que isso seja uma lei imutável da natureza.

Toda lei da natureza é uma generalização. O fato de durante toda a vida alguém só ter visto corvos pretos, não significa que não haja corvos brancos. Isto para ele é produto do hábito, e não algo racional. Vimos leis fixas na natureza porque ela, para nós, se tornou um hábito.

O mesmo fazemos com nossa vida: (exemplo os alunos da turma que se sentem excluídos e se excluem por serem repetentes)

Muitos consideram o raio a causa do trovão, pois o trovão sempre se segue ao raio, mas será que o raio é mesmo a causa do trovão? Não exatamente. O raio e o trovão acontecem ao mesmo tempo, mas um não causa o outro, ambos são conseqüência de uma descarga elétrica. Toda noite vem depois do dia, mas isso não quer dizer que o dia causou a noite, os dois foram causados pela rotação da Terra.

Para Hume, nossas metas na vida não são determinadas por nossos intelectos, mas por nossas sensações. Nossos comportamentos são determinados por nossos desejos e paixões. Para ele, a razão é escrava das paixões.

Um perigo que a filosofia de Hume aponta é o das conclusões precipitadas. Devemos assumir que não conhecemos realmente nada. Não sabemos nada. Todo conhecimento provém dos sentidos, das sensações e não passam de impressões. Por isso não podemos ter certeza de absolutamente nada.

Se jamais teremos um conhecimento certo e definitivo, toda certeza que podemos ter é a probabilidade. Hume foi um dos filósofos que mais influenciou a concepção de uma ciência estatística, ou probabilística, tão comum hoje em dia.

Além do Arco-Íris...



Além do Arco-Íris (
Beyond the Rainbow)

Além do arco-íris
Beyond the rainbow
Pode ser
Can be
Que alguém
That somebody
Veja em meus olhos
See in my eyes
O que eu não posso ver
What I can't see

Além do arco-íris
Beyond the rainbow
Só eu sei que o amor
Only I know that the love
Poderá me dar tudo o que eu sonhei
Can give me all that I dreamed for

Um dia a estrela vai brilhar
One day the star will shine
E o sonho vai virar realidade
And the dream will come true
E leve o tempo que levar
And take the time that needs to take
Eu sei que eu encontrarei a felicidade
I know that I will find the happiness

Além do arco-íris
Beyond the rainbow
Um lugar
A place
Que eu guardo em segredo
That I keep secret
Que só eu sei chegar
That only I know how to reach

Um dia a estrela vai brilhar
One day the star will shine
E o sonho vai virar realidade
And the dream will come true
E leve o tempo que levar
And take the time that needs to take
Eu sei que eu encontrarei a felicidade
I know that I will find the happiness

A luz do arco-íris
The rainbow light
Me fez ver que o amor dos meus sonhos
Made me see that the love of my dreams
Tinha que ser você....
Had to be you ...

O Mito da Caverna


Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.

Glauco – Estou vendo.

Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.

Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.

Sócrates - Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?

Glauco - Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?

Sócrates - E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?

Glauco - É bem possível.

Sócrates - E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?

Glauco - Sim, por Zeus!

Sócrates - Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?

Glauco - Assim terá de ser.

Sócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco - Muito mais verdadeiras.

Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?

Glauco - Com toda a certeza.

Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?

Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.

Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.

Glauco - Sem dúvida.

Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.

Glauco - Necessariamente.

Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.

Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.

Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?

Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.

Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?

Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.

Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?

Glauco - Por certo que sim.

Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?

Glauco - Sem nenhuma dúvida.

Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.

Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.


(Platão, A República, v. II, p. 105 a 109)

A poesia te conta...

Serenata

Permite que feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio
e a dor é de origem divina.

Permite que volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.

Cecília Meireles

Keep Dreaming

A música te conta...



Coldplay "Talk"

Oh brother I can't, I can't get through
I've been trying hard to reach you, cause I don't know what to do
Oh brother I can't believe it's true
I'm so scared about the future and I wanna talk to you
Oh I wanna talk to you
You can take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung
Or do something that's never been done

Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle, you can't find your missing piece?
Tell me how do you feel?
Well I feel like they're talking in a language I don't speak
And they're talking it to me

So you take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or a write a song nobody has sung
Or do something that's never been done
Do something that's never been done

So you don't know where you're going, and you wanna talk
And you feel like you're going where you've been before
You tell anyone who'll listen but you feel ignored
Nothing's really making any sense at all
Let's talk, let's ta-a-alk
Let's talk, let's ta-a-alk